CREMINHO DE SANTANA, – MEMÓRIA OLFATIVA E AFETIVA DE GERAÇÃO A GERAÇÃO.

A Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer e o Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural de Silvianópolis, apresenta o quinto episódio da série: creminho de Santana – em processo de registro junto ao IEPHA.
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CREMINHO DE SANTANA, – MEMÓRIA OLFATIVA E AFETIVA DE GERAÇÃO A GERAÇÃO

O INÍCIO
Pela pesquisa realizada, o creminho chegou em Santana por meio do padeiro de origem italiana João Bertollo Ramos, conhecido como Totodo no início do Século XX. Até então pela, não há notícia da existência da iguaria por aqui.
Esta informação é do senhor José Walace Raposo, 84 anos, que durante sua infância trabalhou como ajudante na padaria. Ele elenca os doces e quitandas feitas pela padaria, que até hoje são conhecidos dos habitantes de Silvianópolis. São eles: o creminho, bombocado, queijadinha, doce de coco, broinhas de amendoim, entre outros.
Com a morte do senhor Totodo, o filho mais velho Walter Ramos, conhecido como Dedinho, assumiu a padaria ao lado de sua mãe Maria Olívia de Almeida, conhecida como Dona Zica.
Tempos depois, ele montou um bar e o outro filho, Waldir Ramos, que antes trabalhava como alfaiate -, popularmente conhecido como Nenê Padeiro, assumiu a padaria, ajudado pela mãe e a irmã Neia Ramos. Nesta época, houve a inclusão de outros doces – como o famoso doce de leite em pedaço e doces de frutas cristalizadas. Em 1985, dona Zica faleceu, ficando somente os dois filhos à frente do negócio.
Com a morte do senhor Nenê em 1997, a padaria teve continuidade com dona Neia e o sobrinho Fernando Correia Ramos. Em 1999, com a doença da Neia, a padaria fechou suas portas.
A neta do senhor Totodo, a professora Gilza Raposo Ramos, ainda faz algumas receitas da padaria para seu núcleo familiar e sua filha Fabíola aprendeu com ela algumas receitas e possivelmente, o aprendizado será passado de geração a geração.

Foto: Senhor Totodo entregando seus produtos pela cidade
arquivo do fotógrafo José Bartolomeu, já falecido.